O QUE É VESTING?

O vesting é um mecanismo que permite que sócios, funcionários e colaboradores adquiram, gradualmente, o direito de receber ações ou participação societária na empresa onde atuam. A principal função do vesting é evitar que membros saiam da empresa logo após obterem participação, protegendo o capital da empresa e promovendo o crescimento sustentável.

Esse mecanismo também é bastante utilizado para atrair e reter talentos estratégicos, proporcionando um incentivo para que colaboradores se dediquem a longo prazo. Em startups, onde o capital inicial é limitado e a perspectiva de crescimento é alta, o vesting é um meio eficaz de atrair profissionais talentosos e garantir que todos estejam alinhados com o crescimento do negócio.

Principais Elementos do Vesting

Para entender o vesting, é importante conhecer seus principais componentes:

1. Cliff: É o período inicial no qual o colaborador ou sócio ainda não possui direito a participação. Por exemplo, um cliff de 1 ano significa que o beneficiário deve permanecer na empresa durante esse tempo antes de adquirir qualquer direito às cotas. Se ele sair antes desse prazo, ele perde completamente o direito de participação.
   

2. Período de Vesting: Este é o período total em que o colaborador vai adquirindo as ações ou participações gradualmente. Geralmente, varia entre 3 a 5 anos.
   

3. Vesting Gradual: Após o cliff, o beneficiário começa a adquirir participação em intervalos regulares, como mensal ou anual. Se o período de vesting for de 4 anos, com um cliff de 1 ano, o beneficiário poderá, por exemplo, adquirir 1/48 de sua participação a cada mês restante.
   

4. Good Leaver / Bad Leaver: Esse é um aspecto importante do vesting que estabelece as condições para a saída dos beneficiários. Um “Good Leaver” é aquele que sai em condições específicas (como mudanças de vida ou acordos pré-definidos), mantendo parte ou toda a participação adquirida. Um “Bad Leaver” é quem sai em condições que prejudicam a empresa, perdendo grande parte ou toda a participação.
   

Modelos de Vesting

Existem diferentes modelos de vesting, que podem ser adaptados conforme as necessidades da empresa e o perfil dos beneficiários:

1. Vesting com Cliff e Linear: O mais comum em startups, onde, após o período de cliff, o beneficiário começa a adquirir participação em parcelas iguais.
   

2. Vesting Acelerado: Esse modelo permite que o beneficiário receba toda a sua participação em determinadas circunstâncias, como em um evento de liquidez (aquisição ou IPO). Esse tipo de vesting é mais comum em acordos de aquisição de empresas.
   

3. Vesting Baseado em Desempenho: Aqui, a aquisição de participação depende de metas de desempenho, seja do colaborador individualmente ou da empresa. Esse modelo incentiva o beneficiário a alcançar resultados específicos para obter sua participação.
   

Vantagens do Vesting

O vesting traz diversas vantagens para a empresa e seus colaboradores, incluindo:

• Alinhamento de Interesse: Ao condicionar a aquisição de participação ao tempo e/ou ao desempenho, o vesting garante que os colaboradores estejam comprometidos com o sucesso da empresa a longo prazo.
  

• Retenção de Talentos: Para empresas em crescimento, oferecer participação gradual é uma estratégia de retenção eficaz, incentivando colaboradores a permanecerem e contribuírem.
  

• Redução de Riscos: Para fundadores, o vesting diminui o risco de conceder uma grande participação a alguém que possa sair prematuramente, o que poderia diluir o capital sem retorno significativo.
  

Cuidados ao Implementar Vesting

Para implantar um vesting eficaz, é essencial considerar alguns aspectos:

1. Contrato de Vesting: Este documento formaliza os termos do vesting, como período, percentual de participação e condições de aquisição. Esse contrato deve ser redigido com a ajuda de um advogado especializado em direito societário.
   

2. Transparência e Comunicação: É importante comunicar claramente os termos do vesting aos colaboradores e explicar como ele se alinha aos objetivos da empresa. Assim, todos entendem o valor da participação e como ela será adquirida ao longo do tempo.
   

3. Flexibilidade para Ajustes: Empresas podem crescer e se transformar, por isso é ideal manter certa flexibilidade no contrato para que, caso necessário, os termos de vesting possam ser ajustados conforme a evolução da empresa.
   

Conclusão

O vesting é uma ferramenta valiosa para startups e empresas em crescimento, pois ajuda a construir um time engajado e comprometido com os objetivos de longo prazo. Ao vincular a aquisição de participação a períodos de tempo e/ou desempenho, o vesting alinha interesses, protege o capital e incentiva a dedicação dos envolvidos. Portanto, estabelecer um plano de vesting bem estruturado é fundamental para garantir um crescimento sólido e sustentável da empresa. Quer implementar o vesting no seu negócio? Nós podemos te ajudar! Clique aqui para ser direcionado a um de nossos especialistas.