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PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO: PROCESSOS E PRÁTICAS PARA SEPARAR QUESTÕES FAMILIARES DOS INTERESSES EMPRESARIAIS

  • fabianecapovilla
  • 3 de nov. de 2024
  • 4 min de leitura

A profissionalização da gestão em empresas familiares é um passo decisivo para o crescimento sustentável e a longevidade do negócio. Muitas empresas familiares enfrentam o desafio de equilibrar os laços pessoais com a necessidade de práticas empresariais objetivas e eficientes. Essa transição envolve adotar processos, ferramentas e políticas que ajudem a separar as questões familiares dos interesses corporativos. A seguir, exploraremos os principais passos e práticas recomendadas para implementar uma gestão verdadeiramente profissional em empresas familiares.


DEFINIÇÃO CLARA DOS PAPÉIS E RESPONSABILIDADES


O primeiro passo para profissionalizar a gestão é definir papéis e responsabilidades de maneira clara e objetiva. Em muitas empresas familiares, as funções podem ser ambíguas, o que causa conflitos e interfere na eficiência da operação. A elaboração de organogramas e descrições de cargos ajuda a determinar quem é responsável pelo quê, independentemente de laços familiares.


Essa estrutura promove a responsabilidade e assegura que as decisões sejam tomadas com base em competências e não em laços pessoais. Além disso, evita que as atividades críticas da empresa fiquem concentradas nas mãos de poucos membros da família, o que pode comprometer a continuidade do negócio.


IMPLEMENTAÇÃO DE PROCESSOS E CONTROLES RÍGIDOS


Para garantir uma gestão profissional é fundamental implementar processos e controles internos. Esses processos incluem a padronização de fluxos de trabalho, a implementação de práticas financeiras transparentes e a criação de políticas de compliance. Essas medidas ajudam a tornar a empresa mais eficiente e proporcionam uma visão clara e precisa de todas as operações.


A adoção de controles financeiros, como auditorias periódicas e relatórios financeiros detalhados, ajuda a evitar conflitos e a garantir que os recursos da empresa sejam utilizados de forma adequada. Essa transparência é essencial para manter a confiança tanto dos membros da família quanto dos colaboradores e investidores.


CRIAÇÃO DE UM CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO INDEPENDENTE


O estabelecimento de um conselho de administração é uma prática comum entre empresas que buscam profissionalizar a gestão. Um conselho composto por membros independentes, ou seja, que não fazem parte da família, pode trazer uma visão imparcial e contribuir para a tomada de decisões estratégicas. Esse órgão atua como um moderador, trazendo uma perspectiva neutra e focada nos interesses da empresa como um todo, ajudando a evitar conflitos entre interesses familiares e empresariais.


Além disso, um conselho independente traz experiência e conhecimento que, muitas vezes, podem estar ausentes dentro do núcleo familiar. Esses conselheiros externos podem contribuir com expertise em áreas específicas, como marketing, finanças ou tecnologia, além de auxiliar na identificação de oportunidades de crescimento e mitigação de riscos.


ESTABELECIMENTO DE UMA POLÍTICA DE GOVERNANÇA FAMILIAR


A governança familiar é um conjunto de regras e diretrizes que ajuda a alinhar os interesses familiares e empresariais, promovendo uma convivência harmoniosa e produtiva entre a família e a empresa. Uma política de governança bem definida pode estabelecer regras sobre a participação de familiares na gestão, sucessão, distribuição de lucros, entre outros.


Essa política deve ser documentada e formalizada para garantir que todos os membros da família tenham clareza sobre suas responsabilidades e limitações. A criação de um "Conselho de Família" também pode ser útil para lidar com questões familiares de forma organizada, sem interferir nas operações do negócio.


PLANEJAMENTO DE SUCESSÃO


O planejamento de sucessão é uma etapa crucial para a continuidade da empresa. Muitas vezes, a falta de um plano de sucessão bem definido é o que leva empresas familiares a entrarem em colapso após a saída do fundador. Esse planejamento deve incluir uma análise criteriosa de quem são os sucessores mais qualificados e definir um cronograma claro para a transição.


Nesse processo, é importante que a escolha do sucessor seja baseada em competência e mérito, e não apenas em laços familiares. A preparação dos sucessores pode envolver treinamentos, cursos de capacitação e mentoria para garantir que estejam devidamente preparados para assumir posições de liderança.


CULTURA DE PROFISSIONALISMO E MERITOCRACIA


Incorporar uma cultura de profissionalismo e meritocracia na empresa é fundamental para fortalecer a equipe e garantir um ambiente de trabalho justo e motivador. Isso significa que promoções, aumentos salariais e decisões de liderança devem ser baseados em desempenho e qualificação, e não em relações familiares.


Essa cultura de meritocracia contribui para a retenção de talentos, reduz a rotatividade e melhora o clima organizacional, incentivando todos os colaboradores a se empenharem em alcançar os objetivos da empresa.


EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS MEMBROS DA FAMÍLIA


Por fim, investir na educação e desenvolvimento dos membros da família é uma prática que agrega valor à empresa e facilita a profissionalização da gestão. Isso pode incluir a formação em áreas como finanças, marketing, recursos humanos e governança corporativa. Essa educação ajuda os membros da família a entender melhor o funcionamento da empresa e a desenvolver uma mentalidade empresarial.


Além disso, esse investimento prepara a próxima geração para assumir responsabilidades de forma consciente e profissional, reduzindo os conflitos e promovendo uma transição mais tranquila entre gerações.


Conclusão


A profissionalização da gestão em empresas familiares é uma etapa essencial para garantir a sustentabilidade e o crescimento do negócio a longo prazo. A implementação de práticas que separem as questões familiares dos interesses empresariais permite que a empresa se beneficie das melhores práticas de governança corporativa, tornando-se mais competitiva e menos vulnerável a conflitos internos. Ao adotar processos e controles rígidos, estabelecer um conselho independente, implementar uma política de governança familiar e investir no desenvolvimento dos membros da família, a empresa familiar estará preparada para enfrentar os desafios do mercado com uma gestão profissional e focada no sucesso do negócio.


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